Compliance: uma ferramenta estratégica para as boas práticas de Governança Corporativa.
Postado por: José Luiz CastilhoNotícia / Compliance

Compliance: uma ferramenta estratégica para as boas práticas de Governança Corporativa.

Ganhe competitividade e market share.

Nos dias de hoje, em meio à crise financeira que abalou os mercados mundiais, aumenta cada vez mais a necessidade de conhecer melhor os serviços e produtos que você e sua empresa adquirem, se estes possuem elevados padrões de qualidade bem como o grau de riscos que podem lhe oferecer e como fazer para minimizá-los.


Preocupação com a qualidade é ordem do dia! E é para isto que existe o Compliance nas empresas.


Quando uma empresa está em Compliance, significa que ela está em conformidade, ou seja, cumprindo as leis e regulamentos internos e externos. Para que isso ocorra, todos os colaboradores dentro da instituição devem se envolver, sempre executando suas tarefas dentro dos mais altos padrões de qualidade e ética.


As atividades de Compliance inserem-se em um contexto de gestão preventiva de riscos, de monitoramento e supervisão contínua sobre as práticas corporativas e operações cotidianas, como forma de garantir que a instituição respeite as boas práticas de Governança Corporativa.


A missão da área de Compliance em uma instituição está voltada a assegurar a existência de políticas e normas, pontos de controle nos processos para mitigar riscos, relatórios que visem melhorias nos controles internos e práticas saudáveis para a gestão de riscos operacionais.


Tudo isso para garantir credibilidade frente aos clientes, fornecedores, acionistas e colaboradores, de forma transparente, assegurar que a estrutura organizacional e os procedimentos internos estão em conformidade com os regulamentos externos e internos, além de permitir que a companhia mantenha suas finanças saudáveis, minimizando riscos de perdas.


O Compliance deve ser aplicado para:


• Salvaguardar a confidencialidade da informação confiada à instituição por seus clientes, fornecendo tratamento adequado de forma a evitar uso inapropriado e inadequada divulgação. Isto significa evitar a eventual proliferação de boatos e assegurar que a informação do cliente seja somente revelada a quem efetivamente dela necessite conhecer (este é o chamado princípio do “need to know basis”). Trata-se também de proteger as informações materiais sobre os negócios da instituição;


• Manter a transparência e correição na condução dos negócios da instituição, contribuindo na manutenção dos mais altos padrões de qualidade e aumentando, portanto, a competitividade e lucratividade dos negócios. A segurança oferecida ao cliente e a criação de uma reputação e credibilidade no mercado acabam se tornando instrumentos de marketing da instituição que pode se valer desses indicadores para aumentar sua competitividade na indústria em que atua. Trata-se de um diferencial altamente estratégico;


• Evitar o conflito de interesses entre as diferentes áreas da instituição, entre a instituição e seus clientes e finalmente entre a instituição, seus clientes, os clientes de seus clientes, e seus funcionários; assegurando adequada administração de eventuais conflitos entre todos esses. Trata-se da administração do conflito entre interesse pessoal e obrigação fiduciária;


• Cumprir com o arcabouço regulatório local e internacional bem como com as instruções da matriz no que diz respeito à forma de condução dos negócios no país, forma de comportamento dos funcionários, forma de relacionamento com reguladores, imprensa, clientes, e tantas outras regras corporativas impostas na localidade;


• Evitar problemas legais e demandas judiciais que podem ser altamente dispendiosos e danosos à reputação da instituição;


• Evitar ganhos pessoais indevidos por meio da criação de condições artificiais de mercado ou da manipulação e uso de informação privilegiada a que o funcionário tenha tido acesso ou mesmo ouvido em função de sua posição e da qual tenha se utilizado em seu próprio beneficio de forma a auferir uma vantagem econômica ou evitar uma perda ou prejuízo;


• Detectar, controlar e evitar o ilícito da “lavagem de dinheiro” ou branqueamento de capitais;


• Disseminar a cultura de Compliance por meio de treinamentos e educação continuada.


É clara a convergência dos fundamentos da atuação do Compliance no âmbito da Governança Corporativa e sua relação direta com o bom desenvolvimento dos mercados. Uma robusta estrutura de gerenciamento de risco de Compliance acaba tornando-se em verdadeiro instrumento de marketing para uma instituição que queira ganhar mais competitividade e market share.



Um abraço para todos.

José Luiz Castilho - Diretor Presidente da Resulta Consultoria Empresarial.

Fonte: Incorporativa. "Compliance - Ferramenta estratégica para as boas práticas de Governança Corporativa". Por Ana Paula P. Candeloro. CC BY-SA 3.0.